Como lidar com prazos sendo freelancer

como lidar com prazos sendo freelancer

Se você trabalha com freelance, sabe disso: muitas vezes você perde clientes e projetos para agências porque existe um “estigma” do freela ser irresponsável e não entregar os jobs no prazo. 

E talvez você não entregue mesmo. Não consegue gerenciar sua agenda, se atrapalha no tempo de execução, esquece de passos fundamentais do processo e por fim acaba atrasando o projeto todo e contribuindo para o estigma. 

A boa notícia é que o fato de você estar aqui lendo esse texto mostra que está interessado em aprender a gerenciar melhor o seu tempo e a entregar seus projetos dentro dos prazos estipulados.

Siga lendo para entender como lidar com prazos sendo freelancer, selecionamos 4 dicas para facilitar a tarefa e liberar esse peso das suas costas!

1. Conheça o cliente ou produto de cabo a rabo

De preferência, antes de iniciar qualquer trabalho criativo, seu foco deve estar em agregar o máximo de conhecimento (objetivo e subjetivo) sobre seu potencial cliente ou produto.

Isso pode ser feito através de uma conversa aprofundada e com o auxílio de briefings.

Dica: pense nos últimos projetos que executou com sucesso e nas informações que precisou durante o processo criativo para criá-los de antemão.

Esse estudo leva tempo e é extremamente necessário por dois motivos:

a) Te ajuda a ter clareza na hora de iniciar o processo de criação, tendo bem estabelecido onde você quer chegar, com quem você quer falar, como isso será feito, etc.

b) Não será calculado dentro do prazo de entrega final do produto, ou seja: teoricamente mais tempo para ser dedicado à execução do projeto.

Conversamos em outro post sobre empatia aplicada ao design. Já ouviu falar? 

2. Prazos curtos demais são uma armadilha

Entre a urgência do cliente e a sua vontade de fechar o contrato mora seu grande sabotador: o prazo curto demais. 

O bom design (aquele que entrega a expectativa do cliente e satisfaz a necessidade do usuário) leva tempo.

Esse tempo é variável, mas conseguimos ter uma noção do nosso próprio processo criativo e saber quando o prazo que estamos oferecendo é simplesmente… curto demais.

Propor um trabalho à jato para fechar um contrato é um risco muito alto a se correr, especialmente se você já possui dificuldades em seguir um cronograma com prazos “normais”.

Sua vontade de agradar ao cliente pode surtir o efeito contrário, fazendo com que ele tenha uma péssima experiência e jure nunca mais contratar um freela na vida. Já ouvimos isso da boca de clientes!

Avalie seu processo com cuidado e não se compare ao colega em questão de entregabilidade.

Cada designer possui um flow e quanto mais cedo você entendê-lo e respeitá-lo, mais cedo poderá otimizá-lo para uma entrega mais rápida (se desejar, é claro).

Design bom leva tempo. Respeite esse tempo – e principalmente, a você mesmo.

3. Aprenda a dizer não

Complementando o ponto anterior, se mesmo após a conversa com o cliente ele ainda não entendeu que para executar o trabalho bem (não perfeitamente, mas isso é conversa para um outro post), talvez ele não seja o cliente ideal.

O cliente ideal que valoriza seu trabalho enquanto criativo, mesmo que não entenda o passo a passo do processo ao menos encontra em si a capacidade de respeitá-lo. 

Quando após a conversa inicial a urgência e o menor prazo falarem mais alto na hora da decisão, talvez o melhor seja desejar boa sorte a ele.

Como já falamos, cair na armadilha do prazo curto demais possui um risco muito alto – e às vezes uma recompensa nem tão boa assim. 

4. Aprovação em etapas

Quanto mais cedo você obter feedback, mais cedo consegue ajustar o curso do projeto e entregar um projeto alinhado com a expectativa do cliente.

É melhor descobrir que está tudo errado no começo do trabalho do que na apresentação final.

Isso não quer dizer precisar de aprovação a cada elemento criado, mas você entendeu a lógica.

Se o seu fluxo de trabalho ainda não está bem definido, talvez seja a hora de dar mais atenção a ele.

Pense na jornada do cliente desde o momento em que ele entra em contato com você até a (feliz) entrega (em dia) do projeto.

  • O que ele precisa saber?
  • O que você precisa saber?
  • Como evitar retrabalho durante o processo?
  • Como garantir que tudo ocorra bem e o mais importante – sem estresse e atrasos?

Criar um flow de trabalho não significa engessar seu processo criativo.

Enxergue como uma maneira de otimizar sua rotina para que na hora de colocar a mão na massa, você já tem em mãos tudo o que precisa, tempo e clareza suficientes para driblar a falta de inspiração, a procrastinação e o temido… atraso.

Se você se considera o pior designer do mundo, irresponsável e preguiçoso por não saber como lidar com prazos sendo freelancer: talvez você tenha um pouco de razão.

Trair a confiança e expectativa do cliente pagante é algo a se evitar a todo custo e podem acabar com a reputação de um freelancer.

O lado bom disso é que provavelmente seu maior problema não seja a preguiça ou irresponsabilidade, mas uma falta de organização e perspectiva. 

Gostou das dicas?

Como você costuma lidar (ou não lidar) com prazos sendo um freelancer? Deixa nos comentários, queremos te ouvir!

O texto acima foi adaptado de um artigo de Vivek Karthikeyan publicado no  UX Collective

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Arlindo Jr.

Trabalha há mais de 10 anos com design, tecnologia e marketing e resolve problemas na slin.digital, além disso adora trocar uma idéia e tomar um café :)
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